“A globalização é uma tendência internacional do capitalismo que, com o projeto neoliberal, impõe aos países periféricos a economia de mercado global sem restrições, a competição ilimitada e a minimização do Estado na área econômica e social”. (LAGAR at al., 2013, p.43apud Libâneo)
O fenômeno da globalização trouxe fortes responsabilidades para as várias instituições e setores da sociedade ligados, especialmente, os relacionados ao mundo do trabalho. Esse fato ocorreu devido à necessidade de qualificação profissional que pudesse dar manutenção ao novo cenário formado pela globalização e que está diretamente ligado ao capitalismo desenfreado.
Nesse novo contexto, a escola recebeu uma sobrecarga de responsabilidades, dentre elas estão: “incluir, preocupar-se com a formação de maneira interdisciplinar, atender às demandas do mundo tecnológico e formar pessoas dotadas de ética”. (LAGAR at al., 2013, p.43 apud Libâneo).
A formação do homem
No “novo mundo”, surge a necessidade de uma educação que forme integralmente o homem. Porém, paralelamente a este discurso, eis que surge a ideia de privatização da escola, evidenciando uma das faces do neoliberalismo. Sendo assim, na concepção neoliberal defende-se a evidência da escola privada sobre a pública. O neoliberalismo prega a ideia de competitividade, de individualismo. Foi aí onde a escola pública adquiriu um novo desafio: sobrepor-se às ideias neoliberais e formar cidadãos voltados ao coletivo, à ideia de convivência social e compartilhamento.
Para que a escola pública possa promover uma formação integral do homem, ela deverá se unir as demais instituições sociais e, juntas, buscar as necessidades e expectativas do indivíduo, agindo para que os sonhos dos aprendizes se tornem realidade. É importante também que esses sonhos sejam encaminhados para o campo da coletividade, fazendo-se entender que o sonho sonhado por todos torna-se forte, realizável.
A escola pública
A união da escola pública com as demais instituições sociais facilitará o encontro com a qualidade do ensino. “A escola pública é uma instituição que tem o compromisso voltado à democratização do ensino. Democratizar o ensino é permitir a todos o acesso aos bens culturais produzidos pela humanidade”. (LAGAR et al., 2013, p. 44)
Segundo Libâneo (2007), são três os objetivos da escola: (1) “a preparação para o processo produtivo e para a vida em uma sociedade técnico-informacional; (2) formação para a cidadania crítica e participativa; (3) formação ética”. Em relação ao primeiro objetivo, a escola deverá preparar o indivíduo para o mundo do trabalho, inseri-lo no meio tecnológico, capacitá-lo para a compreensão e uso das novas tecnologias, bem como promover a sua formação sociocultural. O segundo objetivo aponta para a formação de um aluno capaz de exercer a cidadania, compreender e aplicar os direitos de cada indivíduo, ser crítico e participar dos processos de transformação da sociedade, opinando, interferindo positivamente. Por último, o terceiro objetivo aponta para uma formação ética, que compreenda os valores morais, a ideia de limites, certo e errado.
Nesta ótica, a escola deverá buscar aplicar a ideia de intersetorialidade, que significa a união com todos os setores da sociedade que possibilitem a formação integral do aluno e, consequentemente, a qualidade do ensino. Esse processo de união intersetorial extingue o trabalho solitário por muitas vezes realizado pela escola e comumente relacionado ao fracasso educacional.
Considerações finais
Não se faz ou pratica educação solitariamente. O trabalho solitário torna as tarefas enfadonhas e complexas. Educar é dever de todos os setores da sociedade e não somente da escola. Claro que cada um vai contribuir com as suas áreas de competências e a soma de todos os esforços terá como resultado a real aprendizagem.
Referência bibliográfica:LAGAR, Fabiana; SANTANA, Bárbara Beatriz de; DUTRA, Rosimeire. Conhecimentos Pedagógicos para Concursos Públicos. 3. ed. – Brasília: Gran Cursos, 2013.
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