Durante esta semana eu estive observando uma questão muito difícil de contornar na escola. O Bullying, e como fazer para vencer esse tipo de agressão que tem afetado a humanidade?
Hoje eu li um livro muito interessante do autor José Teles, "Bem-vindo ao meu PESADELO" Esse livro relata sobre um adolescente descente de poloneses, que tem a pele muito clara e olhos diferentes, esse garoto se chama Tiago Worcinski, possui um Q.I muito alto, é retraído, era considerado o garoto "Estranho" do curso médio, em um colégio particular de classe média. Um alvo perfeito para um grupo de garotos fortes, os Bad Boys, exercerem sua tirania no ambiente escolar.
Este livro procura mexer na ferida, e não deve ser lido apenas por estudantes, professores ou pais de alunos. Um fato como o que é narrado no livro talvez esteja acontecendo com pessoas próximas a vocês. O bullying traumatiza,deixa marcas pelo resto da vida. Portanto leiam e fiquem atentos aos sinais de bullying no ambiente escolar.
O que é Bullying:
Bullying é a prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas. O termo surgiu a partir do inglês bully, palavra que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português.
No Brasil, o bullying é traduzido como o ato de bulir, tocar, bater, socar, zombar,tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos humilhantes e etc. Essas são as práticas mais comuns do ato de praticar bullying. A violência é praticada por um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar, humilhar ou agredir fisicamente a vítima.
O bullying geralmente é feito contra alguém que não consegue se defender ou entender os motivos que levam à tal agressão. Normalmente, a vítima teme os agressores, seja por causa da sua aparente superioridade física ou pela intimidação e influência que exercem sobre o meio social em que está inserido.
O bullying pode ser praticado em qualquer ambiente, como na rua, na escola, na igreja, em clubes, no trabalho e etc. Muitas vezes é praticado por pessoas dentro da própria casa da vítima, ou seja, pelos seus próprios familiares.
Para a justiça brasileira, o bullying está enquadrado em infrações previstas no Código Penal, como injúria, difamação e lesão corporal. Ainda não existe uma lei que puna os agressores com o devido merecimento.
Bullying na escola
Uma das formas mais comuns de bullying é o que acontece no ambiente escolar. Em quase todos os países do mundo, o bullying na escola é um problema crônico.
As formas de agressão entre os alunos são das mais variadas e podem acontecer em quase todos os níveis da fase escolar, desde o primário até os últimos anos do ensino médio, por exemplo.
O bullying atrapalha a aprendizagem do aluno, além de afetar o seu comportamento fora da escola, segundo os psicólogos.
Os pais e professores devem estar atentos às atitudes de seus filhos e alunos, principalmente em alterações de comportamento, hematomas no corpo e demais situações que pareçam fora do comum.
Consequências do bullying
As pessoas agredidas pelo bullying apresentam alguns sintomas, como:
- distúrbio do sono
- problemas de estômago
- transtornos alimentares
- irritabilidade
- depressão
- transtornos de ansiedade
- dor de cabeça
- falta de apetite
- pensamentos destrutivos, como desejo de morrer, entre outros.
Em muitos casos as vítimas recorrem a tratamentos psicológicos, como terapias para amenizar as marcas deixadas pela agressão.
"A humilhação a que são submetidas diminui sua autoestima. É grande a quantidade de vítimas de bullying sistemático que apelam para a morte como saída. A literatura sobre bullying é pontuada por suicídios, não raros de crianças.
O roqueiro Kurt Cobain, vocalista e compositor de uma das bandas mais importantes das últimas décadas, o Nirvana, em entrevistas,revelou que foi vítima de bullying em seu tempo de escola. É certo que Cobain vinha de uma família problemática, mas é muito provável que o bullying tenha deixado-lhe marcas pelo resto da vida. Uma vida que ele encerrou aos 27 anos, em 2004, atirando em si mesmo com uma espingarda."
O que fazer para evitar o bullying?
A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) sugere as seguintes atitudes para um ambiente saudável na escola:
- Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões;
- Estimular os estudantes a informar os casos;
- Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema;
- Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em coerência com o regimento escolar;
- Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos;
- Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying.
Todo ambiente escolar pode apresentar esse problema. "A escola que afirma não ter bullying ou não sabe o que é ou está negando sua existência", diz o pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). O primeiro passo é admitir que a escola é um local passível de bullying. É necessário também informar professores e alunos sobre o que é o problema e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática.
"A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação cidadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre estudantes e na sociedade" pediatra Lauro Monteiro Filho.
"A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação cidadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre estudantes e na sociedade" pediatra Lauro Monteiro Filho.
Por: Caroline Sena.
Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/bullying-escola-como-evitar-610519.shtmlLivro Bem-vindo ao meu PESADELO, José Teles (editora Bagaço design).
Carol,
ResponderExcluirNa época que eu estudava no ensino fundamental, antigo primeiro grau, o bullying que eu sofria era o apelido que me colocavam "crente do rabo quente", eu odiava... só porque a igreja que eu frequentava permitia o uso de calça e brinco, mas enfim... não foi algo que me traumatizou.
O difícil foi ver meu filho mais velho sofrendo o bullying. Quando ele mudou de colégio, os colegas o perseguiam porque ele era o inteligente da sala, o sabe-tudo. Exigiam que ele passasse cola durante as provas, fizesse os trabalhos, e quando ele negava, apanhava. Na primeira vez que apanhou, bateram tanto nele que a sola do tênis descolou. Fui até à escola conversar com o diretor e a orientadora, conversamos com os pais dos envolvidos e achei que isso ia parar... mas outros colegas continuaram a perseguí-lo, a agredí-lo... exigi do diretor que fizessem palestras sobre bullying para que os alunos se conscientizassem, mas nada foi feito. As agressões pararam por dois motivos: quando ameacei os agressores, falando que ia dar parte na polícia e no conselho tutelar e quando meu filho foi diagnosticado com altas habilidades e foi trocado de sala. O bullying permanece de forma velada, mas enquanto a direção da escola não tomar posição e trabalhar em cima do assunto, nada será resolvido.
Na escola onde trabalho montarei um projeto para os alunos, lá tem alguns casos isolados, mas com fé vamos conseguir mudar a mente desses pequenos brilhantes!
Excelente exemplo amiga Jac, estamos inertes diante dessa situação o professor é apenas o mediador na sala de aula, ainda tomamos providências e chegamos até a tomar dores porque somos humanos, mas de fato em muitas escolas, a direção não tem se preocupado com essa questão e a intolerância e agressões tem aumentado no ambiente escolar, até aí vamos tentando resolver da melhor maneira possível!
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