domingo, 15 de maio de 2016

Momento Escoteiro

COMO SURGIU O MOVIMENTO ESCOTEIRO


O Escotismo existe há mais de 100 anos e foi concebido pelo fundador, o militar inglês Baden-Powell, ou simplesmente B-P (1857-1941).

A idéia toda surgiu na cabeça do então Tenente-General inglês Robert Baden-Powell (mais detalhes de sua história no link “Fundador do escotismo”), baseada em alguns fatos e observações muito curiosos que ocorreram com ele.

Em 1899, durante a guerra dos Boers, na África, teve de recrutar adolescentes da cidade de Mafeking e treiná-los para auxiliá-lo em algumas tarefas, pois contava com poucos soldados, a maioria havia morrido e os que sobraram eram na sua maioria velhos e doentes.

De técnicas de sobrevivência a trabalhos como mensageiros e primeiros socorros, conseguiu com esses jovens segurar o cerco das forças inimigas até que chegassem reforços militares da Inglaterra. O comportamento exemplar, a lealdade, coragem e iniciativa destes jovens chamaram a atenção de B-P. 

Com base nessa experiência, mais o treinamento que já possuía, B-P escreveu seu primeiro manual de técnicas de auxílio às Escutas, jovens recrutas que não tinham experiência e que precisavam de dicas sobre como sobreviver no campo, com técnicas simples e materiais e recursos escassos.

Como todos os impressos eram vendidos em bancas de jornal naquela época, ao retornar a Londres, B-P se surpreendeu com o sucesso que este seu guia para militares estava fazendo entre jovens londrinos também, que se reuniam em pequenos grupos para aplicar as sugestões escritas por B-P.

Vendo então este sucesso, e preocupado com a enorme quantidade de jovens que se encontravam pelas ruas bebendo, fumando e jogando jogos de azar da época, totalmente largados e ociosos, B-P teve então a idéia de adaptar seu manual especificamente para jovens de 12 a 18 anos, mostrando técnicas de campo e hábitos saudáveis junto à natureza.

Reuniu um grupo de jovens nessa faixa etária, filhos de amigos, e realizou um acampamento na Ilha de Brown Sea, onde pode confirmar tudo o que havia pensado em relação ao que os jovens poderaim desenvolver se seguissem as técnicas que estava propondo. Era o ano de 1907.

Com isso escreveu 6 fascículos do Guia de Escotismo para rapazes, o que acabou se tornando em poucos meses em um sucesso incrível, mobilizando não só jovens londrinos, mas incentivando pessoas do mundo todo a montarem grupos escoteiros para disseminar seus ensinamentos. E assim vem sendo já há 104 anos...

Por meio de jogos, trabalhos comunitários, excursões, acampamentos, músicas e outras atividades, os membros do movimento escoteiro aprendem a importância de ajudar ao próximo, respeitar a natureza, conviver em grupo, compartilhar, ter responsabilidade, respeitar os mais velhos, disciplina e auto-confiança.

A cada 04 anos os escoteiros realizam encontros mundiais chamados Jamborees. Onde escoteiros do mundo inteiro ficam reunidos e realizam atividades em conjunto, reforçando o movimento e intensificando seus valores. A organização mundial do movimento escoteiro é o responsável em assistir as organizações nacionais, tendo obrigações de manter os princípios do movimento.

Atualmente mais de 28 milhões de jovens praticam o escotismo no mundo todo. No Brasil são cerca de 70 mil.





A ORIGEM VERDADEIRA DO APERTO DE MÃO ESCOTEIRO
Existem inúmeras histórias sobre o aperto de mão esquerda ou "de canhota" pelos escoteiros, então aqui vou contar sobre a que mais se aproxima da sua verdadeira origem.

Em 1893, B-P foi enviado numa missão militar à colônia britânica da Costa do Ouro (África Ocidental), para pacificar os famosos e temidos Ashantis, fazer cumprir o tratado de 1874 e acabar com o contrabando de escravos.
Quando Kamussi, um dos chefes tribais, foi deposto, Prempeh, o novo Chefe, veio ao encontro de B-P e estendeu-lhe a mão esquerda. B-P. estendeu-lhe a mão direita, mas o Chefe disse-lhe: "Não, não, no meu país, ao mais bravo entre os bravos guerreiros cumprimenta-se com a mão esquerda".

B-P reparou que, enquanto o chefe lhe estendia a mão esquerda, levantava a direita aberta, por cima da cabeça, o que significava que era um amigo leal, pois a mão utilizada normalmente para segurar sua arma estava vazia.

A mão esquerda também era a mão que segurava no escudo e quando um guerreiro cumprimentava com a mão esquerda tinha que afastar o escudo, ficando, portanto, desprotegido.



 SÍMBOLO DO ESCOTISMO
Símbolo do escotismo É quase impossível precisar a sua exata origem. 
Certos estudiosos da heráldica (arte ou ciência dos brasões) afirmam que a flor-de-lis teve sua origem na flor-de-lótus do Egito, outros defendem que foi inspirada na alabarda ou lírio - um ferro de três pontas que se colocava fincado nos fossos ou covas para espetar quem ali caísse. Outra possível origem é a de que seja uma cópia do desenho estampado em antigas moedas assírias e muçulmanas. A flor-de-lis é símbolo de poder e soberania, assim como de pureza de corpo e alma. 

A única certeza é que seu surgimento data de épocas bem remotas. Sabe-se que a imagem da flor-de-lis foi usada nos afrescos da antiga Roma, e nas armas da França em 496. O desenho da flor era colocado no manto de reis na época pré-Cruzadas, na indumentária de luxo dos reis de armas, nos pavilhões, nas bandeiras e, ainda hoje, em vários brasões de municípios franceses. No ano de 1125, a bandeira da França apresentava o seu campo semeado de flores-de-lis, o mesmo acontecendo com o seu brasão de armas até o reinado de Carlos V (1364), quando passaram a figurar apenas três. Conta-se que este rei teria adotado oficialmente o símbolo como emblema para honrar a Santíssima Trindade. 
Entretanto, a relação do símbolo com determinada flor é encontrada em praticamente todas as referências. Mas qual seria esta flor? Seria um lírio? Ou seria uma íris? Algumas referências afirmam que a planta chamada íris é a verdadeira flor-de-lis. Segundo o livro ilustrado dos Signos e Símbolos, de Miranda Bruce-Mitford, Luís XVII adotou a íris como seu emblema durante as Cruzadas e o nome evoluiu de "fleur-de-louis" para "fleur-de-lis" (flor-de-lis), representando com as três pétalas, a fé, a sabedoria e o valor.

Outras referências sugerem que a flor-de-lis é uma espécie de lírio. Os espanhóis traduzem "fleur-de-lis" como "flor del lírio" (flor-de-lírio) e, neste caso, defende-se o lírio - e não uma íris - como a verdadeira flor-de-lis. Há uma lenda que ajuda a reforçar esta idéia, contando que um anjo teria ofertado um lírio a Clóvis, rei dos Francos, em 496 d.C., quando este se converteu ao Cristianismo.



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